O Ônibus
Subiu a rua, desce como fera
Tombou a curva numa paralela
Parou na ponta do sinal
Deitando os olhos do farol
No para-brisa a brisa arrisca a mão veloz
Se espreme entre carros, vai adiante
E bufa grande feito um elefante
Tombando o peso a pressa sai
Sacode, acode, cai não cai
Despingolando a ponte o bonde vai
Vai o ônibus,
Ponto a ponto vem
sempre à mão
Os meus olhos têm
muita espera têm
vem não vem
Chacoalho, empurro, a multidão me espera
Amassa a massa, passa o ponto, espera
Algum sinal do trocador
Peço licença , por favor
Astico a mão, tento alcançar, passou
Aperta o pé, segura a mão sobre o volante
O motorista avista, arrisca, engata avante
Gira a roleta o trocador
E gira a roda do motor
Abocanhando o tempo atropelando a dor
Vai o ônibus,
Ponto a ponto vem
sempre à mão
Os meus olhos têm
muita espera têm
vem não vem
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O ÔNIBUS
Letra e música - Roberto Uber
Intérprete - Roberto Uber
Arranjo e flautas: Mauro Rodrigues
Bateria: Esdra ‘’Neném’’ Ferreira
Baixo: Ivan Corrêa
Violão: Fábio Adour
Violoncelo: Cláudio Urgel
Gravação original de 2006, no CD ‘’Carta Perfume...’’
Remixado por Celson Ramos no Estúdio Seu Som
Remasterizado por Luciano Vassão
Videoclipe Roteiro, direção e edição: Leo Goodgod
Direção de arte e figurino: Igor Hermont
Preparação corporal: Lívia Espírito Santo
Produção: Pano Preto Filmes